Fonte: R7
publicidadeEstudo mostra que atividade física na infância pode melhorar desenvolvimento do cérebro
Pesquisadores descobriram que as crianças mais saradas tendem a ter um hipocampo maior e um melhor desempenho em testes de memória do que as mais gordinhas.
A nova descoberta sugere que intervenções para aumentar atividades físicas na infância podem ter um efeito importante no desenvolvimento do cérebro.
O novo estudo usou ressonância magnética para medir o tamanho relativo de estruturas específicas dos cérebros de 49 crianças.
Segundo Art Kramer, professor de psicologia da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos - que chefiou a pesquisa com a estudante de doutorado Laura Chaddock e com o cinesiologista (estuda os movimentos) Charles Hillman-, essa foi a primeira vez que cientistas usaram a ressonância magnética para estudar as diferenças entre crianças que estão em boa forma física e as que não estão.
A pesquisa foi focada no hipocampo, uma estrutura localizada nos lobos temporais do cérebro humano, que tem um importante papel na memória e no aprendizado.
Estudos anteriores em adultos mais velhos e em animais mostraram que os exercícios físicos podem aumentar o tamanho do hipocampo. Um hipocampo maior está associado a um melhor desempenho no raciocínio espacial e a outras atividades que exijam conhecimento.
Laura explica que, nas pesquisas com animais, os exercícios afetaram o hipocampo, aumentando bastante o crescimento de novos neurônios e o número de moléculas envolvidas na plasticidade do cérebro e melhorando a sobrevivência das células e a memória e o aprendizado.
Em vez de confiar em relatórios sobre o nível de atividade física das crianças, os pesquisadores mediram com que eficiência elas usaram o oxigênio enquanto corriam em uma esteira. Segundo Kramer, as crianças saradas “foram muito mais eficientes do que as fora de forma no uso do oxigênio".
Quando analisaram os dados obtidos pela máquina de ressonância magnética, os pesquisadores descobriram que as crianças que estavam em forma tendiam a ter um hipocampo com maior volume – cerca de 12% maior em relação ao tamanho total do cérebro – do que as que estavam meio gordinhas.
As crianças que estavam em melhor forma também se saíram melhor em testes de memória relacional – a habilidade de lembrar e juntar vários tipos de informação – do que as outras.